terça-feira, 16 de agosto de 2011

Jogando ídolos no lixo.


Na foto dois ídolos de verdade, Luis Fabiano e Rogério Ceni.

Vamos deixar o futebol um pouco de lado, na verdade não tão de lado assim, mas para falar de uma atitude da diretoria. Cinco jogadores, destaco eu, são jogadores que sempre falaram em fazer história no Maior clube do Brasil, o São Paulo. Porém, infelizmente, esses quatro jogadores não atuam mais com nossa camisa. Isso, por causa de uma diretoria. Nesse texto não irei falar no futebol, se vinha ao caso de o jogador estar jogando bem ou mal, mas levo uma crítica não só ao São Paulo e sim a todos os dirigentes do futebol.

Alex Silva: Zagueirão, raçudo, doador de sangue durante os jogos, era um são-paulino de coração. Havia jogado no tricolor, foi a Europa e fez questão de voltar para o seu ex-clube. Demonstrou amor à essa camisa e saiu da pior maneira possível, tirando-o da minha lista de ídolos. Se ele errou pode ser, mas a diretoria deveria mantê-lo.

Ilsinho: Outro que já havia jogado no São Paulo, foi para a Europa e fez questão de voltar para o mesmo time. Disse que queria construir uma história bonita no São Paulo, como Rogério Ceni. Beijava o escudo nos gols e honrava a camisa. Saiu muito triste do tricolor, não quis nem dar entrevista.

Júnior César: Alguns podem pensar que não, mas Júnior César já disse várias vezes em alto e bom tom "Quero fazer história no São Paulo, quero virar ídolo e ganhar uma Libertadores aqui". Para mim melhor que Juan, mas isso não vem ao caso. Foi mandado embora, já que não iria ser muito utilizado no time. Uma prova? Deixou a Libertadores de 2010 com verdadeiras lágrimas.

Richarlyson: Podia ser o que fosse, desleal, homossexual, violento. Mas tinha raça e é outro que sempre aguentou a torcida xingando-o. Nunca quis sair do São Paulo, deixou o CT às lágrimas e disse que tem muito carinho pelo clube, até hoje, visita quando pode.

Thiago Carleto: Esse ainda já não é um jogador perdido. Está emprestado para o América-MG. Chegou ao São Paulo com lágrimas nos olhos, dizia que sempre foi seu time de infância, que via pela TV, sempre sonhou estar no time do Morumbi.

Repito que nesse texto não faço crítica ao futebol dos jogadores, só quero dizer, que as diretorias do Brasil devem levar mais encontra essa pequena história de Ídolo. Quando o jogador tem um carinho pelo time, tente mantê-lo, que pelo menos vai jogar tudo o que sabe, para mostrar que merece estar nesse time e que pode virar um ídolo da torcida.

Faça mais o que fizeram com Luis Fabiano, o que fizeram com Rogério Ceni, o que fizeram com Marcos do Palmeiras...

Digo isso a todo o futebol brasileiro. Se quiser mande o seu jogador para a Europa, deixe ele fazer sua história no time que ele ama, pois muitos dizem que o amor do jogador pelo time acabou, mas na verdade não acabou e existe em muitos jogadores. Na Europa muitas vezes isso é respeitado, Raúl, foi para o Schalke-04 mas nunca deixou de torcer para o Real Madrid e esse time tem respeito por ele assim como a torcida que em um jogo da Champions (contra o Tottenham) gritou o nome dele a fazer um gol em outro jogo. Fabregas, que voltou ao Barcelona depois de passagem pelo Arsenal. Xavi, Messi, Iniesta, que nunca deixaram o Barcelona, seu time de coração. Cassilas, Xabi Alonso, Sergio Ramos, que nunca sairam do Real Madrid. Nesta, Gatuso, Ambrosini, que nunca sairam do Milan, posso me cansar de númerar quantos.

Neymar e Lucas, jogadores que tenho certeza que vão para a Europa e irão fazer uma história brilhante lá, quem sabe até serem melhores do mundo. Mas são jogadores, que não tenho muita dúvida, que quando estiverem na hora de voltar para o Brasil, irão voltar para o seus times de coração, Santos e São Paulo (se seus dirigentes permitirem).

Vamos salvar ídolos. Abraços.

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