quinta-feira, 25 de abril de 2013

Desabafo


Ontem tivemos mais uma exibição pífia da Seleção Brasileira no Mineirão, tanto do time, quanto, principalmente, da torcida.

Concordo - e muito - com os jogadores que dizem que eles se reuniram em um dia para jogar no outro, não tiveram treino algum, jogaram com pessoas que nunca tinham jogado. Aliás Seleção hoje em dia é assim e não tem o que reclamar, se Felipão teve 5 jogos nesse atual comando, teve somente 5 treinos.

Mesmo assim o time precisa render muito mais. Porque um mistão do Brasileirão tem que ser melhor que um mistão do "Chilenão". Vi jogadores se arrastando em campo, Neymar só começou a tentar e correr quando a torcida pegou no pé dele. Com mais vontade e raça teríamos uma noite muito mais feliz.

Agora, tão ridículo quanto o time foi a torcida. Na noite passada vimos que não é só a torcida paulista que é chata ao xingar os jogadores, vaiar e gritar olé para o adversário no meio da partida. Isso é totalmente anti-patriota!

A torcida brasileira é uma torcida mimada, que não ama realmente a Seleção, que não fica triste com uma derrota ou com dificuldades para dormir. O maior poder que temos para a Copa de 2014 é a nossa torcida, mas parece que não temos certeza que ela estará realmente presente e apoiando o time.

Muitos criticam torcidas organizadas, mas elas são o verdadeiro pulmão de um estádio lotado. Ontem tínhamos um estádio lotado de pessoas que gritaram "Sou Brasileiro com muito orgulho..." duas vezes e um "Brasil, Brasil", de resto xingaram jogadores, vaiaram e gritaram olé pro time adversário, ridículo! Se tivéssemos uma torcida organizada canarinha seriam musicas belas, bandeirões e menos critica durante o jogo, até porque grito no estádio tem que ser somente de apoio.

Livro nesse ponto a torcida do nordeste e norte, que são as únicas que vi nesses últimos anos apoiar incondicionalmente o time do começo ao fim da partida.

Se olharmos para os nossos vizinhos veremos um show de jogadores com vontade e torcedores que apoio. Falo do Uruguai. Estive no estádio Centenário em setembro do ano passado e assisti a um jogo da Celeste. É realmente incrível. A torcida se identifica com o time, joga junto, abre milhares de bandeirões, cantam. Além disso os jogadores correspondem em campo, jogam a vida a cada jogo.

Percebe que uma mão lava a outra. Time com vontade, faz a torcida vibrar, torcida vibrando, faz um time com vontade.

A torcida brasileira precisa rever seus conceitos de o que é torcer. O time precisa olhar a camisa que está vestindo, sonho de qualquer garoto de rua nesse imenso Brasil.

Desculpa pelo desabafo.

É que a coisa ta realmente ridícula.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O Espetáculo São-Paulino



Atmosfera que o são-paulino mais gosta, de Libertadores, de decisão, de superação. Não é a toa que colocamos 50 mil e uns quebrados ontem no Cícero Pompeu de Toledo, 41 anos de Independente, bandeirão novo, tudo apontava a favor do São Paulo. Cenário: ok. Um espetáculo pronto.

E ficou melhor ainda quando recebemos a notícia dos gols do Arsenal, que logo no primeiro tempo já vencia o Strongest. O roteiro começava a ser montado. O estádio todo sabia que precisávamos apenas de uma vitória, o time argentino já tinha feito seu papel, agora era a hora de fazer o nosso script.

E o São Paulo seguia em partes. Fez um primeiro tempo de total domínio e anulação de qualquer ataque do time mineiro, porém parou em um erro passado, poucas finalizações, assim saímos para o segundo tempo com o placar zerado. Onde atingimos o ponto de maior tensão, essencial para qualquer boa peça.

A partir do momento que o São Paulo voltou a história começou a mudar, e a peça ia ficando magnifica, com ótimos atores, nosso time.

Aloísio caiu dentro da área e eis que surge a chance do nosso astro, o que possuí em suas mãos o papel principal, o de decidir. Rogério foi até a área adversária e com toda a sua frieza explodiu o Morumbi, que havia ficado totalmente calado em seus longos e demorados passos em direção a bola.

O Galo saiu pro jogo, nosso estrategista e diretor, Ney Franco, arrumou o time para aproveitar contra-ataques e tocar a bola, colocar o time adversário na roda, digamos assim.

Deu certo. Lançamento de Ganso (um de nossos principais atores na noite de ontem) para Osvaldo, que driblou e tocou para o figurante Ademilson, que ganhou um lugar de gala nessa linda noite, explodiu a nação pela segunda vez.

A terceira explosão foi acontecer no apito final. São Paulo classificado. A festa estava completa, o público aplaudindo de pé o famoso Clube da Fé.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Clube da Fé


Quarta-feira temos (sim, todos nós) uma missão diante do Atlético-MG. Ir para as oitavas de final da Copa Libertadores da América.

Se vencermos e o Arsenal conseguir arrancar pontos do Strongest, vai ser um dia heróico, um jogo heróico, uma noite maravilhosa. Se perdemos vamos ter que aguentar críticas, zoações dos rivais e ao pensar no dia 17/04/13 tentaremos esquecer rapidamente.

Os jogadores tem que jogar tudo o que não jogaram, se doar 100% em campo, soar sangue. Se temos um bom elenco é hora de mostrar diante de um jogo decisivo e com a ausência de duas peças principais, Jadson e Luis Fabiano.

Rogério, Lúcio, Osvaldo, Ganso e companhia tem que mostrar porque nossa camisa é tão pesada e porque o Morumbi é um caldeirão para o clube denominado São Paulo, e para isso vão precisar de todos nós.

Não adianta nada pedirmos raça para o nosso time se não comparecemos para ajudá-lo quando precisa, nos também temos que dar raça, cantar e incentivar o jogo inteiro para que os jogadores joguem com nós.

Jogai por nós, torceis por eles.

Quero ver o Morumbi lotado, com mais de 50 mil pelo menos, para que aí sim possamos criticar o time no caso de uma eliminação, que espero de coração que não aconteça.

Aqui relembro uma história. Final do Campeonato Brasileiro de 1986, São Paulo contra Guarani. O Tricolor perdia por 2X1 na prorrogação e começou a tocar o hino do time de Campinas, os torcedores são-paulinos começavam a chorar e abaixar a cabeça. Bola na área e Careca faz o gol no último minuto, jogo vai para os penaltis e o São Paulo se sagra campeão.

Temos todos que acreditar, tanto os que estão dentro de campo quanto os que estão fora.

Porque o São Paulo é o Clube da Fé.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Sem critério


Não é a toa que os são-paulinos reclamam.

A Conmebol tem um critério para punir totalmente louco.

Até ano passado punição era coisa que não existia dentro de torneios continentais organizados pela Conmebol. Três amarelos, por exemplo, era apenas uma multa de 200 dólares para o time.

O ano mudou e parece que as coisas mudaram, mas a desorganização aumentou.

Logo no começo do ano tivemos um fato triste na Bolívia, o sinalizador disparado da torcida do Corinthians que matou um torcedor do San José. Pena para o Corinthians foi primeiramente de jogar sem torcida até o fim da competição, como já sabemos, a punição foi anulada e o time do Parque São Jorge ficou com a pena de apenas um jogo e uma multa em dinheiro.

Logo depois uma pena aplicada ao São Paulo por causa da confusão na final da Sul-Americana, um jogo sem o Morumbi, ok, mas e a punição do Tigre que bateu e não voltou ao segundo tempo? Apenas uma multa barata.

Depois alguns fatos irritaram torcedores brasileiros e principalmente são-paulinos.

O São Paulo ficou indignado ao Luis Fabiano, depois do jogo, ter discutido com o juiz, ser expulso e tomar nada mais nada menos do que 4 jogos de gancho, critério totalmente maluco ao vermos que a morte de um torcedor teve como punição apenas 1 jogo sem torcida.

A injustiça também aconteceu em lados mineiros. Ronaldinho levou um carrinho na Argentina totalmente desleal (quem viu o lance entende) e o jogador hermano não tomou nem amarelo. Ontem outra confusão, jogadores do Arsenal partindo para a briga com PMs, até agora nenhuma punição e nenhum comentário.

Outra deslealdade pode ser vista no anti jogo do time do Tigre nessa Libertadores, só batem, não jogam futebol, vimos diante do São Paulo ano passado e contra o Palmeiras recentemente, poucos, pouquíssimos cartões para essa equipe.

Ainda teve Elano ano passado que chutou o bandeirinha em uma confusão e absolutamente nada foi feito a respeito.

É no mínimo estranho o peso das punições da Conmebol.

Luis Fabiano o único atingido fatalmente por ela, o São Paulo o mais atingido até agora. Não querendo proteger Luis, que estava errado, mas uma severa punição de quatro jogos por discutir com o juiz? E quanto a agredir jogadores, pessoas ou até matar? Fica mais barato que isso?

Ta na hora de rever esse critério, por favor.

Verguenza Conmebol!